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Vídeo conta a história do Projeto Xingu

Unifesp também realiza simpósio sobre o projeto iniciado em 1965 pelo professor Roberto Baruzzi a convite de Orlando Villas Boas

Lançado nesta terça-feira (07/11), o vídeo Projeto Xingu - Histórias de Lá e Cá: Entrelaçando Saberes, que conta a história do projeto de extensão universitária do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) criado em 1965 quando, a convite de Orlando Villas Boas, então diretor do Parque Indígena do Xingu, um grupo de médicos da EPM foi avaliar as condições de saúde dos povos indígenas lá presentes.


O Projeto Xingu é formado por uma equipe multidisciplinar que pensa e executa as atividades desenvolvidas em diferentes frentes de atuação. Grande parte desta equipe já trabalhou em área indígena por muitos anos e por isso acumulou uma experiência importante que hoje é refletida no modo de atuar do Projeto.


No vídeo, o professor Roberto Baruzzi, falecido em 2016 aos 85 anos, conta quando estava em um avião da FAB vindo de Araguaia para São Paulo. O avião pousou no Parque do Xingu para deixar um passageiro no Posto Leonardo Villas Boas. Então pediram que Baruzzi, médico epidemiologista com especialização em Medicina Tropical, examinasse um indígena. Foi quando Baruzzi conheceu o trabalho dos irmãos Villas Boas e se entusiasmou.



"Depois, o Orlando veio até a Escola Paulista de Medicina levar um trabalhador do parque que precisava de atenção médica e me convidou para organizar um grupo que olhasse as condições de saúde dos indígenas do Xingu. Foi assinado um acordo entre o Departamento de Medicina Preventiva [da EPM] e o Orlando, como diretor do Parque, pelo qual a Escola se comprometia a mandar quatro caravanas por ano ao Xingu ou sempre que precisasse", disse Baruzzi.


O pioneirismo de Baruzzi é comentado pelo professor Douglas Rodrigues, coordenador do Ambulatório de Saúde dos Povos Indígenas da EPM. "Trabalhar com saúde dos povos indígenas há 50 anos, além de ser inusitado era uma coisa na qual não se pensava. Os indígenas eram assistidos eventualmente por missões do Ministério da Saúde, por missionários, era uma atenção esporádica e descontinua. E o Baruzzi percebeu a importância de se estabececer uma metodologia de trabalho que tivesse continuidade e que permitisse acompanhar as condições de saúde daquelas populações extramente vulneráveis", disse Rodrigues.


Simpósio


Em 10 de outubro, a Unifesp realizou o Simpósio 90+ Projeto Xingu - Histórias de Lá e Cá: A Saúde e a Doença Entrelaçando Saberes, que apresentou a experiência desenvolvida pelo Departamento de Medicina Preventiva nesses 90 anos de existência e 58 anos do Projeto Xingu.


O simpósio foi idealizado pela Comissão de Celebração dos 90 Anos da EPM, composta pelos docentes Rubens Belfort Jr. (membro do conselho curador da Fundação Conrado Wessel), Alba Lúcia Bottura, Angelo de Paolla, Antonio Roberto Chacra, Clara Brandão, Conceição Ohara, Emília Sato, Feres Chadad, France Patrício, Helena Nader, Jacob , João Alécio, José Luiz Amaral, Marcos Ludus, Ramiro Coleone, Bruno Maciel, Soraya Smaili e Iara Miquelate.


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