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Rodízio de prêmios

A partir da edição de 2015, duas categorias entre Ciência, Medicina e Cultura serão escolhidas a cada ano



Out/2015


O Prêmio FCW de Arte, Ciência e Cultura traz uma modificação importante adotada na atual edição. Serão laureadas duas personalidades a cada ano, em vez de três, nas categorias de Ciência, Medicina e Cultura. A Fundação Conrado Wessel (FCW) é também a patrocinadora do Prêmio Almirante Álvaro Alberto (AAA), concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Marinha.


Essa premiação ocorre desde 1981, embora tenha sido temporariamente suspensa em 2000. Em 2006 voltou a ser atribuída quando o CNPq e a FCW firmaram um convênio para reeditá-la. A láurea é atribuída a um pesquisador que se tenha destacado pela obra científica ou tecnológica em uma das três áreas de conhecimento: ciências exatas, da terra e engenharias; ciências humanas e sociais, letras e artes; e ciências da vida.


O prêmio do CNPq é concedido em sistema de rodízio. A cada ano, ganha um cientista de uma das três áreas. Já o da FCW, até 2014 premiava personalidades nas categorias Ciência, Medicina e Cultura, além de Arte, destinada à fotografia. Ciência contempla todos os demais campos científicos, com exceção de Medicina, e Cultura abarca literatura, música, cinema, teatro, dança e também ciências sociais e humanas.


Para evitar a dupla premiação pelas mesmas instituições, a FCW decidiu diminuir os ganhadores anuais de três para dois. No ano em que o CNPq premiar um pesquisador de exatas, a fundação exclui essa categoria e escolhe, juntamente com seus parceiros, uma personalidade de biológicas e outra ligada à cultura, como ocorreu este ano.


O físico Paulo Artaxo, da Universidade de São Paulo (USP), ganhou o Prêmio AAA e o oftalmologista Rubens Belfort Júnior (Medicina) e a escritora Lygia Fagundes Telles (Cultura) ficaram com o Prêmio FCW. Nos anos seguintes as duas instituições farão um rodízio de categorias.


Mudanças nas normas ocorrem quando a fundação percebe que há necessidade de aprimorar o Prêmio FCW. Entre 2003 e 2006, por exemplo, a categoria Ciência tinha quatro subcategorias – Ciência Geral e três Ciências Aplicadas. Hoje há apenas Ciência, agora em sistema de rodízio. Nas quatro primeiras edições, só Literatura foi contemplada em Cultura. Agora, o leque abrange todas as formas de arte e também as ciências sociais e humanas.


Na categoria Arte, somente fotógrafos de campanhas publicitárias podiam inscrever seus trabalhos. A instituição desse prêmio foi uma forma que a FCW encontrou para homenagear seu instituidor, Conrado Wessel, ele mesmo fotógrafo profissional, publicitário, cinegrafista e industrial pioneiro da fotografia na América Latina. Atualmente, premiam-se três ensaios fotográficos de qualquer natureza, jornalísticos ou não.


Cada um dos ganhadores em Ciência, Medicina e Cultura recebe R$ 300 mil, um troféu do artista plástico Vlavianos e um certificado. Os fotógrafos premiados na categoria Arte dividem R$ 200 mil – R$ 114,3 mil para o primeiro lugar e R$ 42,3 mil para o segundo e terceiro colocados. No final do ano, a fundação lança um livro que traz os ensaios premiados e também os de todos os 12 finalistas.


Algumas expressivas personalidades da ciência brasileira foram beneficiadas com o prêmio da fundação, desde 2003. Até a mais recente edição, de 2015, os graduados em medicina foram os maiores ganhadores. Não só os 13 escolhidos até aqui em sua própria categoria – Medicina –, mas também sete pesquisadores que cursaram medicina e desenvolvem trabalhos em outras áreas da ciência.


Foi assim com os bioquímicos Isaias Raw, do Instituto Butantan, em 2004, Leopoldo de Meis, em 2008, e Jerson Lima da Silva, em 2009, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o neurocientista Iván Izquierdo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em 2007, o imunologista Jorge Kalil, do Butantan, em 2010, e os parasitologistas Wanderley de Souza, da UFRJ, em 2005, e Luiz Hildebrando, da USP e da Fundação Oswaldo Cruz, em 2013.


Depois dos médicos, os maiores ganhadores são os físicos. Quatro receberam a láurea: Carlos Henrique de Brito Cruz, da Universidade Estadual de Campinas, em 2003, Sérgio Mascarenhas, da Universidade Federal de São Carlos, em 2006, Sérgio Rezende, da Universidade Federal de Pernambuco, em 2012, e José Goldemberg, da USP, em 2014.


Publicado na revista Pesquisa FAPESP.


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