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Vahan Agopyan recebe título de Professor Emérito da USP

Título coroa trajetória marcada pela dedicação à universidade e pela defesa da autonomia e da excelência acadêmica. Agopyan é conselheiro da FCW e secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação

Com informações do Jornal da USP (01/07/2025)


O professor Vahan Agopyan, secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e membro do Conselho Curador da Fundação Conrado Wessel, recebeu o título de Professor Emérito da Universidade de São Paulo (USP) em cerimônia no dia 30 de junho de 2025, com o Anfiteatro Camargo Guarnieri lotado.

Agopyan foi vice-diretor da Escola Politécnica (Poli), entre 1998 e 2002, e diretor, entre 2002 e 2005, quando estabeleceu os primeiros acordos de Dupla Diplomação com as escolas francesas e outras universidades de renome. Também foi diretor-presidente do IPT entre 2006 e 2008, coordenador de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, entre os anos de 2008 e 2009; pró-reitor de Pós-Graduação da USP, na gestão de 2010 a 2013, vice-reitor da Universidade entre 2014 e 2017; e reitor de 2018 a 2022.

O diretor da Poli, Reinaldo Giudici, fez a saudação ao homenageado, destacando sua trajetória na Poli – onde se graduou como engenheiro, em 1974, e depois se tornou pesquisador, docente e diretor – e ressaltando sua atuação em momentos de grande dificuldade para a Universidade, como a crise financeira de 2014, a defesa da autonomia universitária na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e a pandemia da Covid-19.

“Vahan Agopyan é um professor, pesquisador, gestor público que inspirou e inspira gerações. Ele teve uma atuação destacada na Universidade de São Paulo, mas sempre mantendo o vínculo com seus alunos, formando gerações de engenheiros e engenheiras compromissados com a ética, com as questões sociais e ambientais. Seu amor pela Universidade e seu conjunto de realizações relevantes o colocam no patamar dos grandes nomes que passaram pela USP”, disse Giudici.

O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior (à esquerda) e o novo Professor Emérito da USP, Vahan Agopyan (fotos: Marcos Santos / USP Imagens)
O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior (à esquerda) e o novo Professor Emérito da USP, Vahan Agopyan (fotos: Marcos Santos / USP Imagens)

O título de Professor Emérito é concedido a professores aposentados que se distinguiram por atividades didáticas e de pesquisa ou que tenham contribuído, de modo notável, para o progresso da Universidade. Desde a fundação da USP, em 1934, foram outorgados 22 títulos a docentes da instituição.

O atual reitor, Carlos Gilberto Carlotti Junior, ressaltou a preocupação de Agopyan com a necessidade de aproximar cada vez mais a Universidade da sociedade. “Nesses anos todos de convívio com o professor Vahan, eu aprendi que uma universidade só tem sentido se ela for o vetor do desenvolvimento social do povo brasileiro. Ele passou essa preocupação para mim e eu trouxe isso para a minha gestão”, disse.

Carlotti também fez questão de salientar o caráter visionário da pesquisa desenvolvida pelo homenageado. “Desde o início de sua carreira, Agopyan se preocupou com a questão da sustentabilidade das construções. Seu laboratório no Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli foi reconhecidamente inovador e mostra a importância de se pesquisar, hoje, aquilo que representará um grande impacto para as gerações futuras”, lembrou o reitor.

O evento foi prestigiado por muitos representantes do Governo do Estado de São Paulo, dirigentes de universidades e instituições de pesquisa, consulados, além de docentes, servidores, amigos e familiares.

Carlos Vogt, diretor-presidente da Fundação Conrado Wessel, e os membros do Conselho Curador José Roberto Drugowich de Felício e Soraya Soubhi Smaili prestigiaram a cerimônia de concessão do título de Professor Emérito a Agopyan (foto: FCW)
Carlos Vogt, diretor-presidente da Fundação Conrado Wessel, e os membros do Conselho Curador José Roberto Drugowich de Felício e Soraya Soubhi Smaili prestigiaram a cerimônia de concessão do título de Professor Emérito a Agopyan (foto: FCW)

“Acredito que estou recebendo esse título como uma homenagem a uma geração de docentes que contribuíram e lutaram pelo fortalecimento da Universidade de São Paulo. Sou um representante dessa geração que teve a felicidade e a oportunidade de ser indicado, em várias ocasiões, para coordenar as atividades renovadoras da instituição. Dessa forma, compartilho o título com todos os meus colegas e considero-o um reconhecimento da Universidade a essa geração de docentes”, disse Agopyan.

Em seu discurso, o novo Professor Emérito lembrou de momentos importantes de sua trajetória acadêmica e como gestor público. Na Reitoria, como vice-reitor da gestão de Marco Antonio Zago, enfrentou o desafio de combater um grave desequilíbrio financeiro e defender a autonomia universitária. “Superar essa fase foi uma grande vitória conquistada por centenas de colegas que acreditaram que a autonomia é a causa da excelência das instituições do nosso Estado”, lembrou.

Já como reitor, Agopyan foi surpreendido com a pandemia da covid-19, que atingiu toda a sociedade. “Com o apoio de milhares de colegas – docentes, servidores e alunos – conseguimos manter a USP ativa, atendendo aos anseios e aos clamores da sociedade por apoio e combate à pandemia. Duas semanas após a suspensão das atividades presenciais, 95% das aulas de graduação estavam sendo oferecidas remotamente, de alguma maneira. Foi fantástico. Por outro lado, nossos laboratórios que estavam conduzindo estudos relacionados à pandemia trabalharam ininterruptamente. A USP não parou, respondeu às expectativas da população e aprendemos a estar mais presentes na sociedade”, orgulha-se o ex-reitor.

Para finalizar, Agopyan mostrou sua preocupação com a educação e o futuro do Brasil e propôs um desafio para as universidades paulistas. Segundo ele, “a universalização do ensino fundamental se deu às custas de sua qualidade, o que não deveria ter acontecido. Estamos cerceando o futuro de nossas crianças. Mais do que a falta de conhecimento e noções básicas, o aluno desconhece como estudar para superar suas deficiências. As universidades precisam provocar uma intensa discussão do tema, unindo os diversos atores e propondo novas ações para superar essa falta”.

O homenageado

Filho de pai botânico, pesquisador, de origem armênia, nascido em Istambul, na Turquia, Agopyan se formou engenheiro civil pela Poli na turma de 1974. Suas áreas de interesse profissional, como engenheiro e pesquisador, são as questões das cidades, construção habitacional e de obras civis em geral, voltando-se, principalmente, para o desenvolvimento de materiais inovadores para a construção civil.

Foi contratado como docente da Escola Politécnica em 1975, conjugando a carreira acadêmica com a de pesquisador no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Em 1982 conquistou o título de Ph.D. em Engenharia Civil pelo King’s College de Londres.


Reportagem: Érica Yamamoto / Jornal da USP

 
 
 

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